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Produtividade e sustentabilidade: buscas constantes

As empresas que integram a cadeia da mineração, além de darem sua contribuição para ganhos de produtividade das mineradoras, com suas máquinas, equipamentos, componentes, instrumentos e serviços, estão cada vez mais comprometidas com a redução das emissões de CO2 de suas próprias instalações, assim como das soluções e sistemas que fornecem, direcionando recursos para o desenvolvimento de tecnologias que, dentre outras, reduzem o consumo de energia e de água. O sensoriamento das instalações e seus componentes e a análise on-line das etapas do processamento de minerais são recursos cada vez mais presentes, que contribuem na programação de paradas para manutenção, reduzindo custos, por exemplo.

As iniciativas são diversas. Como afirma seu gerente de Vendas para a Mineração, a Metso – como promotora de boas práticas e presente em toda a cadeia da mineração, desde os estudos iniciais até a entrega de uma planta completa, atendendo demandas de plantas de processamento durante toda a sua vida útil e fornecendo, por exemplo, sistemas de compactação e aglomeração para tratamento de fertilizantes – implementou um movimento denominado Planet Positive.

“O objetivo dessa iniciativa global é destacar equipamentos que apresentam otimizações nessas áreas”, declara Takeda, citando outra contribuição da empresa para o mundo da mineração, incorporando a várias etapas de processamento sistemas de sensoriamento e de análise on-line, reduzindo os custos com insumos como energia e água. “São sistemas que podem otimizar os processos e extrair mais minérios reduzindo a produção de rejeitos e aumentando o aproveitamento da água a partir de sistemas de filtragem que hoje vâm sendo aplicados na maioria das usinas de mineração”, reforça.

Rodrigo Giamarino Vidal, gerente nacional da Itubombas, informa o compartilhamento de “valores, crenças e missão na construção para um futuro melhor com o grupo Atlas Copco”, e declara: “Acreditamos que sempre há um modo melhor de fazer as coisas. Por isso, quando tratamos de tecnologias a diesel, estamos sempre buscando motores mais eficientes em termos energéticos, com foco na redução de emissões. Além disso, nossos equipamentos incorporam sistemas inteligentes de comando e controle, monitoramento e dispositivos de contenção para mitigar riscos de contaminação por vazamentos, por exemplo”.

“A qualidade e o pensamento sustentável também impactam positivamente a redução de interrupções por falhas ou quebras, maior segurança por depender menos de visitas a campo”, destaca Vidal, frisando que “as tecnologias embarcadas permitem acompanhar o desempenho a distância, otimizar sua manutenção e tomar ações antecipadas para minimizar paradas”.

Como visto, cada empresa adequa essas necessidades de sustentabilidade e de produtividade do mercado em que atua à sua atividade. Não é diferente com a Haver & Boecker Niagara, voltada a planejamento, fabricação e fornecimento de plantas completas, que desenvolveu um software para simulação de processos, que “nos permite não apenas dimensionar o equipamento, mas analisar e otimizar processos, seja através de ajustes dos equipamentos, seus acessórios, ou até mesmo na rota do processo. Temos convicção de que processos e equipamentos, cuidadosa e corretamente especificados, garantem maior produtividade com alta performance”, comenta Denilson Luiz Moreno Júnior, gerente Comercial de Equipamentos da empresa, citando o método de trabalho da empresa.

A customização também dá sua contribuição para a evolução de indicadores de produtividade e sustentabilidade. A essa prática, Moreno Júnior agrega a importância de uma abordagem consultiva no fornecimento de soluções tecnológicas para as diferentes etapas da atividade minerária, assim como na prestação de serviços técnicos, reforma e retrofit de equipamentos, fornecimento de peças originais, monitoramento on-line, desenvolvimento de plantas completas de britagem e peneiramento, incluindo engenharia de processos, mecânica, elétrica e de automação. E garante: “Essa postura faz parte do nosso DNA”.

A Bonfiglioli, com tecnologia de fabricação europeia e montagem nacional, “equaliza os redutores e motorredutores à expectativa do usuário final, atendendo as mais exigentes necessidades operacionais das plantas de mineração, como o uso de rolamentos especiais para esforços extras, adequação de braços de torque ou bases e preparação para sensores alinhados ao projeto do cliente”, detalha Bandiera.

O gerente de contas do setor Heavy Duty da Bonfiglioli sinaliza a importância “da manutenção de estoque local dedicado à base instalada e da equipe técnica especializada na complexidade do cenário mineral local, assim como centro de serviço próprio ou oficinas parceiras que atuam sob a supervisão de um engenheiro da fabricante para o cumprimento das metas projetadas e desejadas”. Coloca ao lado desses quesitos a importância do atendimento pré e pós-venda com o time de engenheiros e técnicos acompanhando no campo a performance dos acionamentos e indicando o melhor momento para as manutenções preventivas.

Segurança de instalações, pessoas e operação

Segurança em mineração envolve aspectos muito diversos, que vão muito além da planta, da lavra e das barragens de rejeitos, e afetam, além daqueles que trabalham diretamente na atividade, as comunidades do entorno. Soluções com a finalidade de ampliar a segurança dos processos e das diversas etapas da atividade minerária são continuamente desenvolvidas e aperfeiçoadas.

Especificamente utilizadas em barragens de rejeitos, de acordo com Johnis Toniolo, as escavadeiras anfíbias, mais do que assegurar a segurança das instalações e das pessoas, geram redução da emissão de gases combustíveis e de custos com equipamento, substituindo caminhões, escavadeiras e tratores de esteira. Além disso, “essas soluções eliminam os passivos ambientais, reduzem o número de pessoas envolvidas no processo, trazem segurança às estruturas, controlam o lençol freático das barragens de rejeito, diminuem a carga sobre os barramentos e ainda proporcionam um markup nulo”, proclama o executivo.

“Com técnicas e equipamentos desenvolvidos, o objetivo é atingido em menos tempo, gastando em torno de um décimo do combustível necessário e um terço do custo, em comparação à metodologia convencional”, garante Toniolo, explicando que o rejeito “é secado e regularizado em grandes volumes, que podem ser retirados e levados diretamente para as pilhas com umidade ideal para compactação, tendo custo 50% inferior ao do valor de operacionalização de uma planta de filtragem de rejeito”.

O trabalho, detalha Toniolo – sinalizando outra prática cada vez mais usual no mercado –, exige “o entendimento profundo de toda a cadeia de produção dos nossos clientes, bem como, a necessidade de conhecer o comportamento dos minérios em cada fase da industrialização, compreendendo as características adquiridas em cada etapa do processo mineral, para assim podemos definir as etapas necessárias para que os rejeitos trabalhem a seu favor melhorando a sua eficiência”.

Presentes tanto na lavra, na planta, quanto na barragem, os produtos da Belgo Arames – resultado de parceria estratégica no Brasil entre a ArcelorMittal e a Bekaert – podem ser aplicados em todas as etapas da mineração, com foco também em segurança das instalações e das pessoas.

A empresa possui diversos produtos em arame de aço aplicáveis à mineração “na linha Belgo Soluções Geotech, como telas eletrossoldadas galvanizadas para proteção de escavações subterrâneas, fibras de aço para reforçar o concreto projetado, cordoalhas com acabamento superficial liso ou entalhado, gabiões para estruturas de contenção e estabilização de taludes. Mas nenhum outro possui uma conexão tão forte com estruturas e processos de mineração como as fibras de aço para o reforço do concreto projetado”, explica Emerson Ananias, gerente dessa linha de produtos da Belgo Arames. “A adição das fibras de aço Dramix no concreto é indicada durante toda a vida produtiva da mina, sempre quando é necessário ter um desempenho estrutural e durabilidade no suporte de cargas pesadas”, destaca ele.

Em busca de contribuir com a resolução dos principais desafios da mineração e operações industriais quando o assunto é segurança do trabalho, a Belgo Arames também possui linha de produtos direcionada “a proteger máquinas e equipamentos e correias transportadoras, para adequação à NR12. A Belgo Soluções Protec oferta a melhor opção de proteção lateral para correias transportadoras e um recente lançamento desta linha é o guarda-corpo modular. Por serem modulares, entre os diferenciais destas soluções está a facilidade de instalação, manuseio, transporte e armazenagem, o que permite sua personalização de acordo com a necessidade de diversos ambientes e, muitas vezes, dispensa a elaboração de projetos para a sua utilização”, conta Rogério Marinho, gerente responsável por esta linha da Belgo Arames.

Na segurança de instalações, pessoas e operação, são itens indispensáveis estruturas em gabiões e terramesh, fibras de aço e polipropileno, geocompostos para drenagem, geomantas para proteção de taludes, geomembranas para impermeabilização, malhas de alta resistência e barreiras dinâmicas para controle de queda de blocos, geogrelhas de alta resistência à tração para solo, com variações de nomenclatura e de alguns materiais e processos construtivos.

Ambientalmente sustentáveis e desenvolvidas para serem o menos agressivas possível ao ambiente – como explica Braulio Victor Rodrigues, coordenador comercial e técnico da unidade da Maccaferri em Minas Gerais –, “no caso das telas metálicas, têm associados a elas, para revestimento, um polímero livre de impurezas, que não libera poluentes e aumenta a durabilidade da obra, oferecendo, somente em corrosão, resistência 10 vezes superior à dos revestimentos convencionais, além de aumentar significativamente a resistência a ataques de ácidos. Por isso, são soluções definitivas que proporcionam segurança à obra e garantem longa vida útil ao empreendimento”.

Parceria – Marinho faz uma recomendação: “Na aquisição de qualquer solução, é fundamental realizar um projeto executivo prévio e ter a execução do projeto acompanhada pelo fornecedor, além de pedir declaração ambiental do produto”. Essa visão é compartilhada por Vidal, ao definir como fundamental o estabelecimento de parcerias das mineradoras “com empresas que dominem as aplicações fornecidas. A mineração tem vários desafios no que tange à segurança para pessoas, meio ambiente e instalações, portanto, contar com parceiros confiáveis é o primeiro passo”.

“As mineradoras precisam contar com bons parceiros especialistas em atividades segmentadas”, frisa o executivo da Armac, colocando a empresa como “exemplo em sua atividade”, e fundamentando sua posição: “Esse tipo de ajuda leva conforto e resolve dores do setor que poderiam (e podem) se tornar entraves sérios para a operação. A excelência operacional de parceiros como a Armac permite que o cliente direcione esforços para superar outros desafios específicos e de amplitude setorial, como esses gargalos”.

Sander Rodrigues recomenda atenção especial das mineradoras também no momento “de montar seus times e definir como será realizada a manutenção de máquinas e equipamentos. É importante ter referência, informações claras e precisas sobre a procedência da frota e como será a atuação na área de extração para garantir máquina rodando com eficiência pelo maior tempo possível”.

Maximiliano Josef Wagner – presidente da Putzmeister – engrossa esse coro e garante: “Mais do que fornecermos consultoria e suporte que vão desde a escolha das máquinas certas para um determinado projeto de construção, a soluções de engenharia, periodicamente nossos técnicos fazem visitas aos clientes, levando atualizações e informações sobre a aplicação dos equipamentos”.

Necessidade semelhante é sinalizada pelo sócio-proprietário da RHK Implementos. “A decisão de trabalhar com rompedores hidráulicos deve ser acompanhada de elevado nível de exigência com relação à qualidade do produto”, recomenda Dantas, adicionando como essencial também “considerar o suporte pós-venda, que deve oferecer peças de reposição de alta qualidade e garantir rapidez no envio”.

Buscar treinamento técnico para capacitar os operadores, bem como a equipe de manutenção e suprimentos, é recomendação de Dantas como forma de capacitar todos os envolvidos “para utilizarem, cuidarem e manterem o implemento de maneira eficiente e segura. A RHK Implementos está comprometida em fornecer suporte abrangente e especializado para atender às demandas específicas das operações de mineração, fortalecendo assim seu relacionamento com os clientes e contribuindo para o sucesso do setor minerário como um todo”.

Componentes dão sua contribuição

A variedade e a complexidade presentes nas máquinas, nos equipamentos e nas soluções disponibilizadas ao setor de mineração dependem de componentes diversos, tais como pinos, buchas, eixos e rolamentos.

Fornecedora homologada por diversas montadoras para as linhas agrícola, industrial, amarela leve (retroescavadeiras, carregadeiras e tratores de esteira), limpeza urbana, alimentícia e rodoviária, com linha de montagem e marca própria, a Panegossi, há 47 anos, apresenta soluções no mercado de peças de reposição, “oferecendo o melhor embuchamento de máquinas no mercado nacional, com o melhor custo-benefício também para a mineração”, declara Cleber de Oliveira, do Departamento Comercial da empresa.

O destaque sinalizado por Oliveira envolve “o tratamento térmico por indução eletrônica aplicado em todos os nossos produtos. Nossas peças duram em média 30% a mais do que as demais oferecidas no mercado, proporcionando maior tempo de horas-máquina trabalhadas”.

Rolamentos – Utilizados na grande maioria de equipamentos de mineração, sejam eles móveis – caminhões fora de estrada, escavadeiras, draglines, carregadeiras e equipamentos – subterrâneos – longwall e mineradores continuos – estacionários – trituradores, peneira vibratória, ventiladores, esteiras transportadora, separadores magnéticos – ou de transporte – vagões ferroviários, locomotivas, e caminhões –, os rolamentos estão presentes em todas as etapas da mineração, assim como em mercados vinculados às áreas de siderurgia, energia, ferroviário, automotivo, agrícola, alimentos e bebidas, entre outros.

A Timken, por exemplo, visando a aumentar a representação da mineração no total de vendas da companhia, que hoje se situa ao redor de 5%, ano após ano, amplia o portfólio de produtos para atender às exigências de capacidade de carga sujeita a ambientes de alta contaminação como no setor mineral, em especial para as peneiras vibratórias.

Esses equipamentos, constata Geiza Alves – gerente de Marketing e Novos Negócios da Timken –, desafiam o desempenho de rolamentos como “pouquíssimas outras aplicações industriais. Dia após dia, esses equipamentos gerenciam cargas radiais excêntricas e velocidades de rotação altas em condições adversas, como temperaturas extremas, altos níveis de contaminação e umidade. Some a isso vibrações pesadas sobre a gaiola e os rolos do rolamento e eis uma fórmula que gera temperaturas operacionais mais altas, levando os operadores de peneiras vibratórias a exigirem estratégia de manutenção rigorosa com um fornecedor que tenha sólido conhecimento sobre os equipamentos, além de produtos ainda mais sólidos”.

Para essas aplicações extremas, a Timken desenvolveu rolamentos autocompensadores de rolos, itens projetados para lidar com desalinhamento, contaminação, altas cargas radiais e o que mais vier pela frente. “Nossos rolamentos autocompensadores de rolos podem funcionar “até 5°C mais frios do que os da concorrência, o que ajuda a prolongar a vida do lubrificante”, informa Geiza Alves, lembrando que “a Timken coloca seus produtos em operação para atender às metas de desempenho comumente compartilhadas por mineradoras: maximizar o tempo de operação, reduzir a manutenção e os custos de reposição, bem como aumentar a produtividade”.

O aprimoramento do desempenho exigiu desenvolvimentos que foram incorporados de modo padronizado “a todos os nossos rolamentos autocompensadores de rolos para peneiras vibratórias. E por um bom motivo. Eles têm controles mais rígidos de tolerância de furo e diâmetro externo, juntamente com uma faixa de folga interna radial (RIC) mais apertada nos dois terços superiores da faixa especificada. Com melhor controle do ajuste e das folgas, o eixo do rolamento e os ajustes do mancal são mais bem controlados e as temperaturas de operação são reduzidas, resultando em vida útil prolongada do rolamento”, esclarece a executiva.

“Com temperaturas de operação mais baixas e vida prolongada do lubrificante, nossos rolamentos autocompensadores de rolos podem gerar uma vida útil 9% maior que a de nossos concorrentes”, garante a executiva da Timken, detalhando que “eles são projetados para os dois terços superiores da folga especificada para ajudar a garantir temperaturas de operação adequadas para os rolamentos. Além disso, as tolerâncias reduzidas de furo e anel externo ajudam a garantir um ajuste melhor do anel interno no eixo e do anel externo no mancal”.