Atenta à modernização de processos e otimização em sua produção, a Jaguar Mining passou a adotar um novo software de modelagem geológica na Mina Pilar. Na prática, a adoção da nova tecnologia vai aumentar a produtividade da equipe ao reduzir consideravelmente o tempo gasto para modelar os corpos de minério. Antes se gastavam, em média, 10 dias para se modelar determinada área, agora, aproximadamente, são cinco.
O geólogo de Recursos e Reservas, André Guimarães, que desenvolveu a migração entre os softwares e implementou a metodologia na mina, explica que o software Leapfrog Geo já vinha sendo usado para o modelamento da Mina Turmalina, na Unidade MTL (Conceição do Pará/MG), e em alguns projetos exploratórios da Jaguar.
Segundo ele, na mina da Unidade Pilar (Santa Bárbara/MG) os corpos de minério eram modelados de forma explícita, método que demandava muito tempo dos geólogos. No entanto, dada a complexidade estrutural dos corpos dessa mina, essa era a única metodologia viável. “A implementação do modelamento implícito na Mina Pilar é um plano de melhoria que foi discutido algumas vezes ao longo dos últimos anos. O avanço das ferramentas de modelagem implícita do Leapfrog Geo e as mudanças na geometria dos dobramentos que controlam a mineralização na mina, à medida que o projeto se aprofundava, permitiram o desenvolvimento de um projeto de modelagem implícita que atendesse às demandas da operação”, complementa o Geólogo.
Jussara de Fátima Toffoli, geóloga da Mina Pilar e responsável pela modelagem e estimativa dos corpos de minério da unidade, comenta sobre os ganhos relacionados ao usado da metodologia. “O método de modelagem deixará de ser explícito, que demandava mais horas do geólogo que modelava por seções, para um método de modelagem implícita que funciona por meio de função de base radial automatizada. O grande ganho com a nova tecnologia é a redução do tempo nesse processo, permitindo que nosso time de geólogos ganhe mais horas para desenvolver outras atividades.”
Conforme informado pela empresa, os testes realizados ao longo de um mês pela equipe operacional justificaram a implementação oficial da metodologia. “Obtivemos bons resultados, como a redução no tempo do modelamento de 10 dias no modelo explícito para cinco dias, em média, nas atualizações mensais, no modelo implícito e perspectiva de redução adicional à medida que o geomodelador se familiarize mais com as ferramentas do Leapfrog Geo. Essa redução de 50% no tempo de modelagem irá permitir uma realocação mais eficiente das atividades e possibilitará uma agilidade no processo de modelagem em regiões que não estão sendo lavradas, reduzindo o tempo entre a atualização do modelo e o banco de dados, resultando em um planejamento de médio e longo prazo muito mais assertivo”, complementa André Guimarães.