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Especialistas destacaram contribuições dos setores público e privado para a gestão de rejeitos da mineração

O Brasil conta, atualmente, com 932 barragens para disposição de rejeitos cadastradas no sistema da Agência Nacional de Mineração (ANM). As principais estratégias para a gestão dos sistemas de informação dessas estruturas foram apresentadas em um painel realizado nesta terça-feira (29), no Congresso Brasileiro de Mineração, que ocorre na Exposibram, em Belém (PA).

O bate-papo foi mediado pela vice-presidente Jurídico da Kinross, Maria da Graça Montalvão, e contou com a participação de Luiz Pereira Padula, engenheiro de registro da Pimenta de Ávila Consultoria, e de Eliezer Gonçalves Júnior, coordenador de Gerenciamento de Riscos Geotécnicos em Barragens de Mineração da ANM.

Padula, que tem 28 anos de experiência na área, ressaltou a importância dos sistemas a partir da gestão da informação e como as empresas do setor têm sido protagonistas no aprimoramento e disponibilização desses dados.

Para ele, as vantagens envolvem aspectos como a rastreabilidade e o atendimento às demandas legais, mas também servem para a tomada de decisões e aumentam a capacidade de resposta rápida e organizada em casos de eventuais vulnerabilidades. “Quanto melhores as informações que temos, menor é o nível de incerteza nessas operações”, afirmou.

Por sua vez, Eliezer Júnior detalhou o funcionamento da plataforma do Sistema Integrado de Gestão de Barragens de Mineração (SIGBM) e como ela tem facilitado a dinâmica do trabalho de regulação e o acesso público às informações sobre o setor. Além disso, abordou a sua integração às demandas do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM na sigla em inglês).

“A base para ter uma boa gestão, seja pelo lado do regulador, seja pelo regulado, é ter conhecimento”, realçou o coordenador da ANM. Ele disse que a agência já trabalha na versão 2.0 do sistema, que deve contar com ferramentas de business intelligence e inteligência artificial.

“Notamos que há ganhos em termos de transparência, que é benéfica para as empresas, o poder público e a sociedade, além de reforçar a confiança mútua que deve existir entre todos esses atores”, resumiu a mediadora Maria Montalvão.

Composta de multiatividades em um único período e local, a Exposibram é realizada anualmente e conta com a participação das principais entidades relacionadas ao setor mineral. A feira internacional é a maior vitrine para a geração de negócios. Já o congresso debate cenários e revela as tendências do segmento.