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CBMM e Universidade de Birmingham firmam parceria para impulsionar inovação disruptiva em reciclagem de carbono


A CBMM, líder global na produção e comercialização de produtos de Nióbio, e a Universidade de Birmingham, no Reino Unido, anunciaram o desenvolvimento de um projeto conjunto focado em tecnologia de reciclagem de carbono para a produção de aço com menos emissões, contribuindo diretamente para os esforços de descarbonização da indústria. A iniciativa visa a transformar o dióxido de carbono (CO₂) gerado por processos industriais de alto consumo energético — baseados na queima de combustíveis fósseis — em um insumo reutilizável. Essa abordagem contribui para o fechamento do ciclo do carbono e reduz significativamente as emissões de gases de efeito estufa lançados na atmosfera.

O projeto é baseado em uma tecnologia que utiliza perovskitas contendo Nióbio, capazes de converter CO₂ em monóxido de carbono (CO). As perovskitas são materiais cristalinos conhecidos por sua versatilidade e capacidade de melhorar funcionalidades de materiais e o desempenho de reações, sendo amplamente estudadas para aplicações energéticas. Neste caso, a perovskita à base de Nióbio demonstrou ser altamente eficaz, com quase 100% de seletividade — ou seja, o CO₂ que passa pelo material é transformado exclusivamente em CO.

O professor Yulong Ding, especialista em Engenharia Química e diretor do Centro de Armazenamento de Energia da Universidade de Birmingham, afirmou: “setores industriais de base, como a siderurgia — fundamentais para diversas outras cadeias produtivas — estão entre os maiores emissores de CO₂ e representam um dos maiores desafios para a descarbonização. Estamos muito satisfeitos com a parceria com a CBMM, que tem como objetivo desenvolver uma solução tecnicamente viável, economicamente acessível e ambientalmente responsável.”

Uma das grandes vantagens da tecnologia em desenvolvimento é sua aplicabilidade como retrofit em processos industriais existentes, como a fabricação de ferro em altos-fornos. Isso reduz significativamente — ou até elimina — a necessidade de substituições estruturais, facilita a adoção em larga escala e minimiza o risco de obsolescência de ativos. Além disso, a tecnologia baseada em perovskita opera a temperaturas mais baixas em comparação com alternativas convencionais, resultando em menores custos operacionais e ganhos em eficiência energética.

Atualmente em fase de laboratório, o projeto deverá avançar para a fase piloto nos próximos três anos. A etapa seguinte envolve a comercialização e ampliação da tecnologia por meio da PeroCycle, uma startup criada especificamente para essa finalidade, apoiada pela Universidade de Birmingham e pela Anglo American, com suporte de desenvolvimento de negócios da Cambridge Future Tech — estúdio de venture building com sede em Cambridge, que apoia spin-offs universitários em todo o Reino Unido.

A participação da CBMM, por meio de seu time de Inovação, garante não apenas a expertise técnica em aplicações do Nióbio, mas também o suporte necessário para a futura escalabilidade da produção. “Essa parceria representa um passo importante na busca por soluções viáveis e sustentáveis para os desafios enfrentados pela indústria global. Estamos diante de uma solução promissora para a descarbonização da indústria, especialmente no setor do aço, devido à sua viabilidade técnica e econômica. Além disso, o uso do Nióbio em diferentes mercados reforça nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade”, afirma Leonardo Silvestre, Gerente Executivo de Inovação da CBMM.

A iniciativa está totalmente alinhada à diretriz estratégica da CBMM, que, além de ter um compromisso de ser uma empresa Net Zero (escopos 1 e 2) até 2040, tem como foco a inovação disruptiva e o desenvolvimento de novas aplicações para o Nióbio, incluindo cerâmicas e vidros avançados, polímeros, compósitos, energia limpa e insumos agrícolas. O objetivo é fortalecer a posição da CBMM como referência global e garantir um crescimento sustentável até 2030.